domingo, 1 de maio de 2011

Dicionário de Ruas


Você sabe qual a origem do nome da sua rua? Você sabe quem foi Galvão Bueno (não o locutor da Globo, mas a pessoa que deu o nome à rua)? E você sabe o que aconteceu no dia 25 de março, ou no dia 7 de abril? Não!!! Eu também não faço, ou melhor, não fazia a menor ideia até encontrar o site Dicionário de Ruas.

Lá você encontra a origem e o porquê dos nomes das ruas de São Paulo. Meu ceticismo diz que não tem TODOS os nomes, mas os que eu tentei (da minha casa, da casa dos amigos, das ruas famosas que eu lembrei) encontrei todos. Só uma dica: quando for procurar por datas escreva o número por extenso, por exemplo, vinte e cinco de março, no lugar de 25 de março.

E para você não morrer de curiosidade, ou ficar mais curioso ainda, veja a origem do nome de algumas ruas de São Paulo:

  • Rua Galvão Bueno. "Distrito Liberdade. O Dr. Carlos Mariano Galvão Bueno nasceu em São Paulo - Capital, em 10 de janeiro de 1834. Feitos os seus estudos preparatórios matriculou-se na Faculdade de Direito, colando grau em 1860. Em 1867, foi nomeado interinamente professor de filosofia e retórica do antigo curso anexo, em 1874, Lente catedrático de filosofia do mesmo curso. Tornou-se famoso como professor criterioso e culto. Em 1877, publicou um tratado de filosofia, que logo se popularizou entre a classe acadêmica. Morreu afogado em 24 de maio de 1883, quando pescava nas águas do Tamanduatei".

  • Rua Vinte e Cinco de Março. "Distrito Sé. A origem dessa rua remonta ao século XVIII, quando então ela era chamada de Beco das Sete Voltas. Naquela época ela acompanhava, mais ou menos, as margens sinuosas do Rio Tamanduateí, daí as sete voltas ou sete curvas do rio. Posteriormente, e já no século XIX, o beco recebeu a denominação popular e de Rua de Baixo, justamente pela sua localização, na parte baixa da cidade em relação à colina do Pátio do Colégio. No dia 28 de novembro de 1865, por proposta do vereador Malaquias Rogério de Salles Guerra, a Rua de Baixo passou a chamar-se Rua 25 de Março e isso desde a atual rua Carlos de Souza Nazaré, um de seus limites até a projetada Praça do Mercado, a atual praça Fernando Costa e desse ponto em diante até a Ladeira do Carmo, atual Av. Rangel Pestana. Pouco tempo depois, e em todo o seu traçado, foi mantido o nome de Rua 25 de Março. A data 25 de Março lembra a data de juramento da primeira constituição do Brasil independente, promulgada por Dom Pedro I no ano de 1824".

  • Rua Sete de Abril. "Distrito Consolação. A Rua 7 de Abril teve origem entre os anos de 1786 e 1798. Nessa época, era governador da Capitania de São Paulo o capitão general Bernardo José de Lorena, Conde de Sarzedas, responsável por várias providências sobre o calçamento da cidade, alinhamento de ruas e construção de estradas. Coordenou, também, a reconstrução de uma pequena ponte sobre o ribeirão Anhangabaú, próximo da atual Ladeira da Memória, que ganhou o nome de Ponte do Lorena. Em frente à ponte, foi aberta mais tarde a rua que foi chamada de Rua Nova da Ponte do Lorena. Em 1814, o engenheiro Daniel Pedro Muller a ela se referiu como Estrada para a Cidade Nova. Anos depois, a população já a chamava de Rua da Palha. Para este nome, a explicação mais aceita refere-se à cobertura (telhado) das casas que existiam nessa rua feitos de sapê ou palha, técnica muito comum em áreas rurais. Nos primeiros anos do século XIX, a então Rua da Palha era constituída por casas humildes, algumas não passando mesmo de casebres, habitadas por gente muito pobre e, após 1828, por estudantes da Faculdade de Direito. Em 1855, o jornal Correio Paulistano a ela se referiu como um penhasco que deveria ser galgado por alguém que quisesse seguir dos Piques para o bairro da Luz. O nome 7 de Abril foi sugerido pela primeira vez no dia 04/05/1831 pelo vereador Cândido Gonçalves Gomide para "perpetuar-se a memória da gloriosa vitoria conseguida no Rio de Janeiro pelo povo contra o poder injusto e iniquo, vitória que libertou a pátria do pesado jugo que a oprimia ". Referia-se ele à Abdicação de D. Pedro I ao trono brasileiro que, naquela época, foi considerada como a segunda Independência do Brasil. Porém, ele sugeriu que este nome fosse aplicado à antiga Rua do Rosário, hoje 15 de Novembro. Tal alteração não foi aceita e o nome foi aplicado à Ponte do Lorena. Porém, também aqui o nome foi esquecido. No dia 28 de novembro de 1865, por proposta do vereador Malaquias Rogério de Salles Guerra, a Câmara aprovou o nome de Largo 7 de Abril para o antigo Largo dos Curros, atual Praça da República. No dia 8 de maio de 1873, o vereador Alves Pereira sugeriu a mudança de Rua da Palha para Rua 7 de Abril, porque ela seguia para o largo de mesmo nome. A sugestão foi aprovada".

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